quarta-feira, 22 de junho de 2016

[Resenha] A Menina Que Roubava Livros - Markus Zusak

Uma menina que passa pela a perda e pela a morte



LIVRO: A Menina que Roubava Livro
AUTOR (A): Markus Zusak
EDITORA: Intrínseca
TRADUÇÃO: Vera Ribeiro
PÁGINAS: 382 p.
CLASSIFICAÇÃO: 4 de 5
SINOPSE: Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.


Um livro com uma narrativa, no começo, bem complicada. Demorei um pouco para engatar na leitura, mas depois que percebemos a escrita do autor tudo flui. A história é narrado pela a morte, onde em suas várias busca para pegar as almas daqueles que faleceram ela encontra uma menina, na verdade elas se encontraram três vezes e escapou das três. Então, a morte começa a relatar a história dessa garota. Markus Zusak no começo da história trás muita imaginação e muito surrealismo.


A menina é Liesel Meminger, ela foi deixada com a família Hubermann pela a própria mãe, que não tinha condições de cria-lá – pelo menos é o que ela pensa – mas na verdade ela era judia. A sua nova família é humilde e mora em Molching, na Alemanha. A história é em plena segunda Guerra Mundial, ela tem um pouco receio da nova família, mas o seu pai adotivo – Hans Hubermann – é um homem de coração puro, gentil e atencioso, já a mãe – Rosa Hubermann – é uma mulher de punhos de ferro e rancorosa.

Ela começa a frequentar a escola e se torna muito amiga de Rudy Steiner – um menino obsecado pelo atleta negro norte-americano Jesse Owens – que tambem é seu vizinho. Muitos confuções eles iram passar e muitos pedidos de beijos Liesel irá escultar de Rudy. Uma amizade pura que vai ajudar Liesel a fazer o que tanto gosta, ler.

Liesel é uma menina que rouba livros, por não ter condições de pagar por eles. A narrativa se passa em plena Segunda Guerra Mundial, onde nesta época foram queimados vários livros, fazendo com que só as autoridades os tivessem. O seu primeiro livro roubado foi “O manual do Coveiro” que roubou no enterro do seu irmão, ela  pegou o livro sem ao menor saber ler. O seu pai, após descobrir o furto, decide encina-lá a ler e a cada palavra em que não foi entendida é escrita na parede do porão para que possa ser aprendida diariamente.

Os livros em que rouba é do prefeito da cidade, sua mãe é lavadeira e todos os dias Liesel vai buscar as roupas para que possam ser lavadas. Em uma dessas idas a mulher do prefeito a convida para entrar e mostra sua biblioteca particular que tem em casa, o que deixa Liesel encantada com a quantidade de livros. Só que o prefeito descobre e proibe a visita desta garota, com isso ela começa a roubar, mas depois de lidos os devolve.

Hans, por ser um homem honesto e cumpridor de suas palavras, anos atrás foi para o exercito e conheceu um homem que tornou o seu companheiro de guerra, ele acaba salvando a vida de Hans, coisa que ele fica eternamente agradecido. Hans vai atrás da viuva, esposa do homem que salvou sua vida, e lhe entrega um bilhete para que qualquer coisa que ela e o filho precise possam procurar por ele. Agora, anos depois da entrega desse bilhete, o filho do seu amigo – Max – o procura pedindo ajuda, por ele ser um judeu vem fugindo dos alemãos para não ir para o campo de concentração.

Max passa a morar escondido no porão da casa dos Hubermann e se torna muito amigo de Liesel. Uma amizade inesquecível e que salvará a vida dele, pois as suas dormidas no porão acabou prejudicando a sua saúde, ficando assim doente e não podendo ir para o hospital se tratar. Liesel decide, todas as noites, ler para ele para que não o fique sozinho. Sem saber, Liesel com suas leituras diarias acabou salvando a vida do seu amigo.


Um livro que nos mostra o poder que as palavras têm, mostra o caos que os moradores da Alemanha passaram e como os judeus sofreram com a perceguição. Uma narrativa com personagens inesquecíveis e com cenas marcantes. Uma bela história que deve ser lembrada sempre. 








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