Uma menina que passa pela a perda e pela a morte
LIVRO: A Menina que Roubava Livro
AUTOR (A): Markus Zusak
EDITORA: Intrínseca
TRADUÇÃO: Vera Ribeiro
PÁGINAS: 382 p.
CLASSIFICAÇÃO:
4 de 5
SINOPSE:
Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros,
lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943.
A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o
subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por
dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair
um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo
dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe
ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a
conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de
leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências
para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na
biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada
em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração
do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina,
colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a
Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve
livros artesanais para contar a sua parte naquela História.
Um
livro com uma narrativa, no começo, bem complicada. Demorei um pouco para
engatar na leitura, mas depois que percebemos a escrita do autor tudo flui. A
história é narrado pela a morte, onde em suas várias busca para pegar as almas
daqueles que faleceram ela encontra uma menina, na verdade elas se encontraram
três vezes e escapou das três. Então, a morte começa a relatar a história dessa
garota. Markus Zusak no começo da história trás muita imaginação e muito
surrealismo.
A
menina é Liesel Meminger, ela foi deixada com a família Hubermann pela a
própria mãe, que não tinha condições de cria-lá – pelo menos é o que ela pensa
– mas na verdade ela era judia. A sua nova família é humilde e mora em
Molching, na Alemanha. A história é em plena segunda Guerra Mundial, ela tem um
pouco receio da nova família, mas o seu pai adotivo – Hans Hubermann – é um
homem de coração puro, gentil e atencioso, já a mãe – Rosa Hubermann – é uma
mulher de punhos de ferro e rancorosa.
Ela começa a frequentar a escola e se torna muito
amiga de Rudy Steiner – um menino obsecado pelo atleta negro norte-americano
Jesse Owens – que tambem é seu vizinho. Muitos confuções eles iram passar e
muitos pedidos de beijos Liesel irá escultar de Rudy. Uma amizade pura que vai
ajudar Liesel a fazer o que tanto gosta, ler.
Liesel é uma menina que rouba livros, por não ter
condições de pagar por eles. A narrativa se passa em plena Segunda Guerra Mundial, onde nesta época foram queimados vários livros, fazendo com
que só as autoridades os tivessem. O seu primeiro livro roubado foi “O manual
do Coveiro” que roubou no enterro do seu irmão, ela pegou o livro sem ao menor saber ler. O seu
pai, após descobrir o furto, decide encina-lá a ler e a cada palavra em que não
foi entendida é escrita na parede do porão para que possa ser aprendida
diariamente.
Os livros em que rouba é do prefeito da cidade, sua
mãe é lavadeira e todos os dias Liesel vai buscar as roupas para que possam ser
lavadas. Em uma dessas idas a mulher do prefeito a convida para entrar e mostra
sua biblioteca particular que tem em casa, o que deixa Liesel encantada com a
quantidade de livros. Só que o prefeito descobre e proibe a visita desta
garota, com isso ela começa a roubar, mas depois de lidos os devolve.
Hans, por ser um homem honesto e cumpridor de suas
palavras, anos atrás foi para o exercito e conheceu um homem que tornou o seu
companheiro de guerra, ele acaba salvando a vida de Hans, coisa que ele fica
eternamente agradecido. Hans vai atrás da viuva, esposa do homem que salvou sua
vida, e lhe entrega um bilhete para que qualquer coisa que ela e o filho
precise possam procurar por ele. Agora, anos depois da entrega desse bilhete, o
filho do seu amigo – Max – o procura pedindo ajuda, por ele ser um judeu vem
fugindo dos alemãos para não ir para o campo de concentração.
Max passa a morar escondido no porão da casa dos
Hubermann e se torna muito amigo de Liesel. Uma amizade inesquecível e que
salvará a vida dele, pois as suas dormidas no porão acabou prejudicando a sua
saúde, ficando assim doente e não podendo ir para o hospital se tratar. Liesel
decide, todas as noites, ler para ele para que não o fique sozinho. Sem saber,
Liesel com suas leituras diarias acabou salvando a vida do seu amigo.
Um livro que nos mostra o poder que as palavras têm,
mostra o caos que os moradores da Alemanha passaram e como os judeus sofreram
com a perceguição. Uma narrativa com personagens inesquecíveis e com cenas
marcantes. Uma bela história que deve ser lembrada sempre.
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