A partir de hoje o blog terá uma coluna
chamada Conversando com Escritores, onde
será feita uma entrevista com escritores sobre seus livros, toda sexta-feira terá
uma entrevista ping-pong, eles vão falar dos seus livros publicados, das
motivações, do planejamento do livro e etc. Nesta página poderemos ver como os
autores fizeram para criar determinadas histórias e assim podemos conhecê-los
melhor.
A
primeira postagem da página será com a autora do livro Vidas Roubadas, Ana Cláudia. Confira abaixo a entrevista.
(Tem resenha no blog do
livro Click aqui e confira resenha)
1-O
livro Vidas Roubadas é o seu primeiro projeto literário, sempre quis ser
escritora?
Vidas Roubadas foi o meu segundo livro.
Antes eu escrevi "O Preço da escolha", que está disponível no
Wattpad. Eu sempre quis ser jornalista e nunca pensei em ser escritora. Só
depois de dois anos que escrevi as minhas histórias eu resolvi publicar.
2- Quando
foi a primeira vez que teve a ideia de escrever sobre Tráfico Infantil?
Eu queria
escrever sobre uma jornalista que investigava sobre um crime e recebeu ameaças.
Sou formada em jornalismo sempre soube que isso acontece com muitos colegas de
profissão. Resolvi falar sobre tráfico humano, por ser um tema que poucos
autores abordam e acarreta traumas irreversíveis tanto para as crianças que
foram traficadas tanto para as mães que tiveram seus filhos roubados. Se eu
puder alertar a população sobre esse crime grave, terá valido a pena.
3- As
cenas são muito ricas em detalhes, principalmente na parte em que Joana está
atrás da pessoa responsável pelo tráfico, em que se baseou estas situações?
Em
experiências que passei quando trabalhei como jornalista, pois tive uma
vivência nas redações. Sempre gostei da área de jornalismo investigativo, li
sobre o tema de tráfico humano e sabia que para dar a veracidade necessária
para a história, não poderia ser superficial.
4- Para
escrever um livro envolve muito planejamento e outras versões da história. Como
você se organizou para escrever Vidas Roubadas?
Eu
pesquisei sobre o tema de tráfico infantil, me baseei nas minhas experiências
como jornalista e apenas segui a minha imaginação.
5- Qual é a primeira coisa que você se
lembra de ter escrito?
Lembro-me
de ter criado a Joana como uma mulher forte, que teve uma infância difícil, foi
rejeitada pela mãe, perdeu o pai que tanto a amou, foi parar na prisão por
conta de uma armadilha e mesmo assim, nunca desistiu de concretizar os seus
sonhos. Ela é uma guerreira e posso dizer que é a minha personagem
preferida.
6- A
história tem duas personagens que ao longo da narrativa suas vidas vão se
entrelaçando, duas mulheres com vidas diferentes, mas, com um objetivo em
comum. Como foi escrever sobre elas?
A Alexia
foi uma personagem que sofreu a decepção de ter sido obrigada a abandonar a sua
investigação sobre tráfico infantil. Ela tinha motivos pessoais para desbaratar
aquela quadrilha, que tanto sofrimento causou a sua família. Ela era uma
respeitada repórter policial que foi obrigada a migrar para a editoria de moda,
mas deveria retornar a sua investigação e viu na Joana uma forte aliada. Pois
ela nunca acreditou que a estilista tivesse roubado um bebê. Escrevi sobre duas
mulheres fortes, decididas e que apesar dos reveses da vida nunca se deixaram
abater.
7-
Alexia, a personagem principal da história, é uma jornalista com uma
personalidade muito forte e bem decidida. Quem você se inspirou para cria-la?
Em todos
os jornalistas investigativos, que apesar de serem ameaçados não desistem das
suas matérias. Tráfico infantil é um crime muito bárbaro e somente uma
jornalista muito forte, ética e decidida conseguiria seguir em frente apesar
das ameaças de morte.
8- Você
se identifica com algum das personagens? Qual deles e por quê?
Com a
Alexia, que nunca deixou de questionar as verdades estabelecidas. Sempre fui
muito questionadora tanto no meu trabalho quanto na minha vida pessoal. O
livro relatou um grave problema que acontece na mídia onde as pessoas são acusadas,
condenadas mesmo sem todas as provas. A Alexia investigou até o fim e
descobriu a verdade.
9- Você
sempre soube como terminar Vidas Roubadas?
Sim. Eu
queria deixar uma mensagem para os leitores sobre o perdão. Mesmo depois de
todas as atrocidades que a Bruna fez contra a Joana ela não pensou duas vezes
antes de perdoar a irmã. Não posso contar muito para não dar spoiler
(risos).
Acompanhe a coluna toda sexta-feira.
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Mayara, adorei a entrevista. Sucesso para o blog.
ResponderExcluirObrigada, Ana. Sucesso como escritora, e o que você precisar pode contar com a gente!
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