sexta-feira, 3 de março de 2017

[Conversando com Escritores] Ana Cláudia Esquiávo





   
      A partir de hoje o blog terá uma coluna chamada Conversando com Escritores, onde será feita uma entrevista com escritores sobre seus livros, toda sexta-feira terá uma entrevista ping-pong, eles vão falar dos seus livros publicados, das motivações, do planejamento do livro e etc. Nesta página poderemos ver como os autores fizeram para criar determinadas histórias e assim podemos conhecê-los melhor.

A primeira postagem da página será com a autora do livro Vidas Roubadas, Ana Cláudia. Confira abaixo a entrevista.


(Tem resenha no blog do livro Click aqui e confira resenha)

1-O livro Vidas Roubadas é o seu primeiro projeto literário, sempre quis ser escritora?

 Vidas Roubadas foi o meu segundo livro.  Antes eu escrevi "O Preço da escolha", que está disponível no Wattpad. Eu sempre quis ser jornalista e nunca pensei em ser escritora. Só depois de dois anos que escrevi as minhas histórias eu resolvi publicar. 

2- Quando foi a primeira vez que teve a ideia de escrever sobre Tráfico Infantil?

Eu queria escrever sobre uma jornalista que investigava sobre um crime e recebeu ameaças. Sou formada em jornalismo sempre soube que isso acontece com muitos colegas de profissão. Resolvi falar sobre tráfico humano, por ser um tema que poucos autores abordam e acarreta traumas irreversíveis tanto para as crianças que foram traficadas tanto para as mães que tiveram seus filhos roubados. Se eu puder alertar a população sobre esse crime grave, terá valido a pena.

3- As cenas são muito ricas em detalhes, principalmente na parte em que Joana está atrás da pessoa responsável pelo tráfico, em que se baseou estas situações?

Em experiências que passei quando trabalhei como jornalista, pois tive uma vivência nas redações. Sempre gostei da área de jornalismo investigativo, li sobre o tema de tráfico humano e sabia que para dar a veracidade necessária para a história, não poderia ser superficial. 

4- Para escrever um livro envolve muito planejamento e outras versões da história. Como você se organizou para escrever Vidas Roubadas?
                                        
Eu pesquisei sobre o tema de tráfico infantil, me baseei nas minhas experiências como jornalista e apenas segui a minha imaginação. 

5- Qual é a primeira coisa que você se lembra de ter escrito?

Lembro-me de ter criado a Joana como uma mulher forte, que teve uma infância difícil, foi rejeitada pela mãe, perdeu o pai que tanto a amou, foi parar na prisão por conta de uma armadilha e mesmo assim, nunca desistiu de concretizar os seus sonhos. Ela é uma guerreira e posso dizer que é a minha personagem preferida. 

6- A história tem duas personagens que ao longo da narrativa suas vidas vão se entrelaçando, duas mulheres com vidas diferentes, mas, com um objetivo em comum. Como foi escrever sobre elas?
        
A Alexia foi uma personagem que sofreu a decepção de ter sido obrigada a abandonar a sua investigação sobre tráfico infantil. Ela tinha motivos pessoais para desbaratar aquela quadrilha, que tanto sofrimento causou a sua família. Ela era uma respeitada repórter policial que foi obrigada a migrar para a editoria de moda, mas deveria retornar a sua investigação e viu na Joana uma forte aliada. Pois ela nunca acreditou que a estilista tivesse roubado um bebê. Escrevi sobre duas mulheres fortes, decididas e que apesar dos reveses da vida nunca se deixaram abater.  

7- Alexia, a personagem principal da história, é uma jornalista com uma personalidade muito forte e bem decidida. Quem você se inspirou para cria-la?

Em todos os jornalistas investigativos, que apesar de serem ameaçados não desistem das suas matérias. Tráfico infantil é um crime muito bárbaro e somente uma jornalista muito forte, ética e decidida conseguiria seguir em frente apesar das ameaças de morte. 

8- Você se identifica com algum das personagens? Qual deles e por quê?

Com a Alexia, que nunca deixou de questionar as verdades estabelecidas. Sempre fui muito questionadora tanto no meu trabalho quanto na minha vida pessoal.  O livro relatou um grave problema que acontece na mídia onde as pessoas são acusadas, condenadas mesmo sem todas as provas.  A Alexia investigou até o fim e descobriu a verdade.   


9- Você sempre soube como terminar Vidas Roubadas?

Sim. Eu queria deixar uma mensagem para os leitores sobre o perdão. Mesmo depois de todas as atrocidades que a Bruna fez contra a Joana ela não pensou duas vezes antes de perdoar a irmã. Não posso contar muito para não dar spoiler (risos). 


Acompanhe a coluna toda sexta-feira.


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2 comentários:

  1. Mayara, adorei a entrevista. Sucesso para o blog.

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    Respostas
    1. Obrigada, Ana. Sucesso como escritora, e o que você precisar pode contar com a gente!

      Excluir

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